quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

16.1 - Relatório da 1ª Expedição à Baixada Campista

Em 15 de julho de 2003, às 7 horas e 30 minutos, os alunos do Curso de Comunicação Social, envolvidos no Projeto do Mestre e Professor Orávio de Campos Soares, cujo título é: “A recuperação das reminiscências culturais dos aceiros de canas da Baixada Campista”, realizaram a primeira viagem através da Baixada Campista com o objetivo de recuperar detalhes históricos sobre as principais danças folclóricas campistas que eram praticadas por diversos homens e mulheres habitantes daquela região de Campos.
Em uma Kombi, emprestada pela Secretaria Municipal de Educação, os alunos Paulo de Almeida Ourives, Marco Antônio Lourenço Feliciano, Alexandro Chagas Florentino, Priscila da Silva Gonçalves, Michelle Barros dos Santos, Raquel Correia de Freitas, Rosália Maria Moreira e Anaceli Grelin Nuffer de Freitas, partiram para a localidade de Mineiros, onde começaram o seu trabalho.
Em Mineiros os alunos se dividiram em dois grupos e iniciaram o trabalho indagando alguns moradores, descobriram que um dos idosos mais velhos do lugar é o Sr. Almeida, mas que infelizmente por motivo de surdez, não pôde ser útil. Uma outra idosa citada pelo mesmo morador foi a Sra. Alaíde Vital, de 93 anos, que ao ser recebida em casa, revelou a existência de uma outra dança, a Mazurca, e de um doce o Farte, feito de farinha de mandioca.
Enquanto isso, a outra equipe já havia descoberto o endereço de D. Maria Rezadeira, e do seu esposo Bento Carneiro. Que com alegria revelaram como era a dança do Jongo, e alguns versos, como o “Tambor do Mineiro”, e a melodia da conhecidíssima Mana-Chica do Caboio. Feito isso, todos os alunos embarcaram com destino à Caboio.
Ao chegar à Caboio, procuraram de imediato pela residência de Antônio Franco Machado, conhecido como Antônio de Zinho, que em entrevista a todos os alunos fez muitas revelações, como por exemplo, o conhecimento das danças, Jongo, Mazurca, Mana-Chica e Lanceiro, bem como de outras pessoas que com ele participaram e ainda mantém a tradição cultural das danças da Baixada Campista.
Em seguida, os alunos aconselhados por Antônio de Zinho, foram direto para Barra do Furado, a procura da Sra. Maria Nilce e Aristides Joca.
Em Barra do Furado, os alunos encontraram a residência de Maria Nilce, que ao lado do esposo revelou que a Mazurca era dançada a noite toda, e na inexistência de um pandeiro para acompanhar o ritmo, algumas pessoas acompanhavam o ritmo utilizando duas colheres, que eram unidas uma contra a outra, e eram tocadas pelo ritmista, em uma batida seca contra o tambor ou mesa e pelas costas da mão nas colheres. Depois dessa entrevista o grupo foi até a residência de Aristides Joca, mas não o encontraram, sendo informados que ele havia ido a Campos.
Partindo com destino a Retiro, os alunos encontraram com Aristides Joca, no ponto de ônibus, que fez algumas revelações a respeito da Mazurca e do Lanceiro. Como não havia mais nada que acrescentasse ao trabalho de pesquisa, os alunos então partiram com destino a Canal das Flechas, mas não encontrou ninguém que pudesse dar subsídios a pesquisa.
Continuou então a viagem e chegaram a São Martinho, e encontraram por pura sorte, um dos idosos mais velhos do lugar, o Sr. Arcilio Joaquim de Almeida, de 100 anos, que ao ser entrevistado não revelou nada, e por outro lado, o outro grupo que ficou do lado de fora, conseguiu retirar algumas palavras de uma jovem chamada Laura, que já havia dançado o Lanceiro, mas apesar dela não querer nenhuma filmagem, foi fotografada e parte do que falou foi gravado em áudio.
Os alunos então partiram com destino a Correntezas, encontrando em frente ao Posto de Saúde local, uma pessoa que deu algumas informações a aluna Rosália. No Posto de Saúde, uma funcionária informou que ao final da estrada asfaltada havia uma senhora conhecida como D. Mariquinha Leal. Mas, como já estávamos no final da tarde, todo grupo então resolveu seguir direto para Campos, encerrando assim a primeira viagem à Baixada Campista.

P.S.: O grupo em expedição foi conduzido pelo motorista da PMCG, de nome Elço Ferreira.

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