A dança do Jongo normalmente era praticada, a própria dança praticada mais ou menos o quê? Todos os finais de semana? (Paulo)
Mais ou menos isso, sempre que podiam, né? Reuniões, né? Deles, né? Aí tinha o Jongo. O Reis tinha tempo, começava em dezembro, as cantigas de porta em porta, cantando. Papai tinha um conjunto assim, de uns oito rapazes, né? Que cantava com ele, aí chegava cantava a trova do Reis, botava um verso nas pessoas, né? Se as pessoa abrissem a porta, a gente entrava saudava cantavam uma música e saía, se não abrissem...
...Dança do Reis? (Rosália)
Sabemos sim, ajuda aí, hem! Cê bem que sabe!
“São José, Virgem Maria
Virgem Maria de chivão para Belém, ai!
Meu Rei, ai!
Meu grande amor, ai!
Meu Rei, ah!”
Aí entra a música outra vez, a gente tem que dá.
“Se vão cantar um Rei, vai!
Cantar um Rei, vamos nós cantar também, ai!
Meu Rei, ai!
Meu lindo amor, ai!
Meu Rei, ah!”
Aí tinha o descante para botar o verso na pessoa, tinha um muito lindo, meu tio cantava assim:
“Os canários estão cantando
Os pássaro preto também
É bem o raiar do dia e
Aquela ingrata não vem
Eu choro de saudade
Eu choro meu bem.”
E aí ponha um verso na pessoa, agora tu dança, né? Como é seu nome?
Rosália.
Rosália? Bota um verso nela:
“Senhora Dona Rosália,
corpinho que Deus talhou
Está perto do altar
Perto de Nosso Senhor
Eu canto de saudade
Eu choro meu bem”.
Tem muita coisa, se tivesse um tempo pra gente cavacar sim, lembrar as coisas, tem muita coisa, tem mais duas irmãs também, ta? Então a gente, nós quatro faria um quarteto ótimo, meu irmão também é músico, tecladista, é violonista, então se vocês tivessem um dia lá disponível pra pegar a gente assim uma tarde, a gente dava pra arrecadar um pedacinho bom da história. Nós pretendemos no próximo ano se Deus quiser, juntar um grupo, então, pra gente reviver tão pretendendo, pessoal querem levantar ...pegar todos aqueles que ... raízes, e trazer aqui com apoio da Prefeitura pra fazer qualquer coisa pra lembra a história, mas por enquanto é só projeto, então vamos ver se sai, a gente taí pra colaborar, pra ajudar.
...
Como é essa dança? (Paulo)
Essa dança, é uma dança de rapazes e moças, né? Então tem hora que a moça vai dançando sozinha, rodando por dentro da roda, os rapazes por fora, tipo quase que uma quadrilha, só que diferente aí dança a moça com a moça, ...
“Ai minha marreca,
Minha marreca do brejo
Minha marreca
Minha marreca do brejo
Vocês vão me dá licença
Porque somo do Colégio
Vocês vão me dá licença!
Porque somo do Colégio
Ai minha marreca
Minha marreca, he, he
Ai minha marreca
Minha marreca, he, he
Bota milho no terreiro
Marreca num qué come
Bota milho no terreiro
Marreca não qué come!”
É isso aí.
... A gente era feliz e não sabia, que era isso cererê onde não tinha maldade, já imaginou, os rapazes brinca de roda com as moças, de mão dada brincando de roda, que hoje em dia é tudo tão diferente, hoje em dia os rapazes vai achar que ele ta pagando maior mico, né? E antigamente todos temiam a mim como o Ataíde, o irmão dele, e muitos outros, esse menino aqui, os irmãos dele, não deixou de ser homem, porque bricou de roda. Aquelas coisas, né? Quer dizer, entre uma ro casa de alguém servia de salão, num sabe como é, né? E não tinha, que certa hora da noite que tinha horários pra terminar, né? E usava muito barracão, também, né? As músicas ele mesmo, né? Eu até quando era mais nova eu... Também já toquei muito tambor, tocava uma caixinha, tinha um rapaz que eu subiava numa folha de laranja, mas tirava umas notas, tirava notas maravilhosas, muito bom, e som mermo, cem por cento. É, eu fico feliz vendo assim a nossa história voltar, tem que voltar.
...
Quais eram os doces mais conhecidos, na região? (Paulo)
Olha, era o fate, e o manuê, e também eles faziam muito licor de jenipapo, né? Doce de jenipapo, também, tem essa tradição, doce de jaca, aí enfim, vários doces, né? Mas...
O Manuê é feito com quê? (Rosália)
Olha no momento eu não tenho assim, lembrança eu sei, o fate parece que faz com farinha, pimenta do reino, né? E calda de açúcar, mas o Manuê no momento eu não to lembrada, mas faria muito sucesso, esse doce.
...
Mais ou menos isso, sempre que podiam, né? Reuniões, né? Deles, né? Aí tinha o Jongo. O Reis tinha tempo, começava em dezembro, as cantigas de porta em porta, cantando. Papai tinha um conjunto assim, de uns oito rapazes, né? Que cantava com ele, aí chegava cantava a trova do Reis, botava um verso nas pessoas, né? Se as pessoa abrissem a porta, a gente entrava saudava cantavam uma música e saía, se não abrissem...
...Dança do Reis? (Rosália)
Sabemos sim, ajuda aí, hem! Cê bem que sabe!
“São José, Virgem Maria
Virgem Maria de chivão para Belém, ai!
Meu Rei, ai!
Meu grande amor, ai!
Meu Rei, ah!”
Aí entra a música outra vez, a gente tem que dá.
“Se vão cantar um Rei, vai!
Cantar um Rei, vamos nós cantar também, ai!
Meu Rei, ai!
Meu lindo amor, ai!
Meu Rei, ah!”
Aí tinha o descante para botar o verso na pessoa, tinha um muito lindo, meu tio cantava assim:
“Os canários estão cantando
Os pássaro preto também
É bem o raiar do dia e
Aquela ingrata não vem
Eu choro de saudade
Eu choro meu bem.”
E aí ponha um verso na pessoa, agora tu dança, né? Como é seu nome?
Rosália.
Rosália? Bota um verso nela:
“Senhora Dona Rosália,
corpinho que Deus talhou
Está perto do altar
Perto de Nosso Senhor
Eu canto de saudade
Eu choro meu bem”.
Tem muita coisa, se tivesse um tempo pra gente cavacar sim, lembrar as coisas, tem muita coisa, tem mais duas irmãs também, ta? Então a gente, nós quatro faria um quarteto ótimo, meu irmão também é músico, tecladista, é violonista, então se vocês tivessem um dia lá disponível pra pegar a gente assim uma tarde, a gente dava pra arrecadar um pedacinho bom da história. Nós pretendemos no próximo ano se Deus quiser, juntar um grupo, então, pra gente reviver tão pretendendo, pessoal querem levantar ...pegar todos aqueles que ... raízes, e trazer aqui com apoio da Prefeitura pra fazer qualquer coisa pra lembra a história, mas por enquanto é só projeto, então vamos ver se sai, a gente taí pra colaborar, pra ajudar.
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Como é essa dança? (Paulo)
Essa dança, é uma dança de rapazes e moças, né? Então tem hora que a moça vai dançando sozinha, rodando por dentro da roda, os rapazes por fora, tipo quase que uma quadrilha, só que diferente aí dança a moça com a moça, ...
“Ai minha marreca,
Minha marreca do brejo
Minha marreca
Minha marreca do brejo
Vocês vão me dá licença
Porque somo do Colégio
Vocês vão me dá licença!
Porque somo do Colégio
Ai minha marreca
Minha marreca, he, he
Ai minha marreca
Minha marreca, he, he
Bota milho no terreiro
Marreca num qué come
Bota milho no terreiro
Marreca não qué come!”
É isso aí.
... A gente era feliz e não sabia, que era isso cererê onde não tinha maldade, já imaginou, os rapazes brinca de roda com as moças, de mão dada brincando de roda, que hoje em dia é tudo tão diferente, hoje em dia os rapazes vai achar que ele ta pagando maior mico, né? E antigamente todos temiam a mim como o Ataíde, o irmão dele, e muitos outros, esse menino aqui, os irmãos dele, não deixou de ser homem, porque bricou de roda. Aquelas coisas, né? Quer dizer, entre uma ro casa de alguém servia de salão, num sabe como é, né? E não tinha, que certa hora da noite que tinha horários pra terminar, né? E usava muito barracão, também, né? As músicas ele mesmo, né? Eu até quando era mais nova eu... Também já toquei muito tambor, tocava uma caixinha, tinha um rapaz que eu subiava numa folha de laranja, mas tirava umas notas, tirava notas maravilhosas, muito bom, e som mermo, cem por cento. É, eu fico feliz vendo assim a nossa história voltar, tem que voltar.
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Quais eram os doces mais conhecidos, na região? (Paulo)
Olha, era o fate, e o manuê, e também eles faziam muito licor de jenipapo, né? Doce de jenipapo, também, tem essa tradição, doce de jaca, aí enfim, vários doces, né? Mas...
O Manuê é feito com quê? (Rosália)
Olha no momento eu não tenho assim, lembrança eu sei, o fate parece que faz com farinha, pimenta do reino, né? E calda de açúcar, mas o Manuê no momento eu não to lembrada, mas faria muito sucesso, esse doce.
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