quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

17.2 - CABOIO – Antônio de Zinho em 15/07/2003

(...)
Eles não, na mesma hora Acil então é um camarada bom toda vida, muito animado, é uma pessoa excelente. Muito boa pessoa. Um homem da minha idade, assim mais ou menos, sessenta e poucos anos, mas uma pessoa muito animada, gosta muito...
Então a gente vai ver se a gente consegue resgatar... (Rosália)
Vocês estão indo pra Barra do Furado, ele tem propriedade em Frecheira mas a casa dele mesmo é Barra do Furado. Vocês forem a Barra do Furado, voces chegam lá, é um sujeito bão toda vida. tem um filho dele que é até colega de vocês de profissão, só que o dele é rádio, é o Sidnei Ribeiro, conhecem Sidnei Ribeiro?
Eu acho que eu conheço (Paulo)
É filho do Aristides. Vocês chegam na casa do Aristides, vocês entrem pela rua de baixo, depois que passa a padaria e perguntem. Aqui! onde que é a casa do Aristides do Joca?
Aristides de Joca? (Rosália)
É. Aristides de Joca. O pai dele chamava Joca. Não sei Aristides de quê, deve ser Ribeiro, mas nós conhecemos ele como Aristides de Joca. Ele é um, um sujeito meio moreno, mas uma pessoa excelente, uma pessoa muito boa. Você fala sobre essas coisas com ele e diz a ele que você teve aqui que nós stamo organizando uma festa. ele vai dar uma força. Aí que ele pergunta cadê Acil? O nome dele é Acil, é Acil deixa eu dizer a vocês, Acil, o nome dele é Acil Belarmindo dos Reis, mas ele é conhecido por Acil José Belo, que o pai dele chamava José e família Belo. Falou em Acil José Belo, ali no Furado todo mundo conhece ele. É uma pessoa excelente e gosta dessas coisas, e se você chamar ele pra ir daqui capaz de você chamar pra ir lá na América do Norte pra dançar um Lanceiro com ele, ele deve ir tocar. É um camarada muito animado também. Então se vocês forem na Barra do Furado, vocês procurem essas duas pessoas e diz que vocês estiveram aqui e que nós tamos é reunindo pra fazer uma apresentação, eles vão ficar contente, eu vendo Ivo ali, vou falar isso com Ivo, que vocês passarem de volta, na volta pode até chegar ali.
Você tem telefone, alguma coisa, pra gente entrar em contato? (Rosália)
Tenho telefone da menina ali, não sei o número deixa eu ver aqui se tenho, o número. É Valéria, é minha filha, mora nessas casinhas aí no lado, é 9915-9725. Ele falou ali, na mesma hora eu tô comunicando com vocês, ou pode me chamar ali, mandar me chamar aqui. Geralmente a semana toda eu tô em casa saindo sexta-feira, é, sexta-feira, depois uma hora mais ou menos eu sempre vou pra Campos porque eu vou a seresta, a noite no Rio Branco. Toda sexta-feira eu vou no Rio Branco à seresta.
Então vai ter a Cavalhada, esse ano? Né? Lá em São Martinho. (Priscila)
Vai, vai ter.
Vamo lá também filmar, o Sr. vai participar também. (Priscila)
Orávio, disse que ía e tal, eu não sei o que houve que não apareceu. Mas, é como diz a coisa, a gente passa uma festa vem outra. O negócio é a gente rindo e ter saúde, né? Pra conseguir participar dessas coisas.
Se Deus quiser na festa, pra... Pro dia da festa ele vai vir, antes a gente não sabe se dá. Hoje ele ía vir com a gente, pra vim ver o Sr., mas ele... (Priscila)
Orávio tinha ocupação lá
É (Priscila)
Porque ele disse que o nome dele era pra ser Otávio, mas na hora lá botaram um erre no Orávio (risos) é um gozador disgramado. A gente conversa muito aqui. É uma pessoa muito boa. Mas aí... vamo é se vocês se interessarem nós vamos reunir as pessoas, vamos fazer. Vamos fazer uma apresentação lá na casa de Ivo, que Ivo gosta muito, a mulher gosta muito, tem o espaço, o jeito lá é muito bom.
A gente tem que arrumar então o sanfoneiro (Priscila)
O sanfoneiro quando vocês forem organizar a festa, vocês aparecem aqui que eu vou lá com ocê falar com ele. Ele é uma pessoa. Ele é muito meu amigo. a gente... Se não tiver um acordeon, a gente arranja um acordeon emprestado pra ele, ele é craque, bom toda vida. Mas se Deus quiser a gente vai conseguir.
Não! Vamos sim, essa semana ainda nós vamos ligar pro Sr., pra ver se... (Priscila)
Vocês estão indo agora a Barra do Furado, né? Aí vocês procurem o Aristides.
A gente vai. O ponto final é Barra do Furado. (Priscila)
Mas vocês chegando o Aristides...
Correnteza, Retiro... (Priscila)
Retiro é tudo caminho.
Eu só quero nesses lugares, que a gente... Correnteza, São Martinho, Retiro, Canal das Flechas e Barra do Furado. (Priscila)
Não! Nesse tour, esse povo todo aí é povo de nova geração, os que era, que acompanhava isso tá morreram. O certo aí, pra guardar a história da Mana-Chica, o negócio da dança, vocês indo pra Barra do Furado vocês cheguem na casa de Antônio Francisco. Antônio Francisco, vocês não tem o que perder, Antônio Francisco é Fazenda Pau-Grande, é depois do Retiro, então é sabe o que? Vocês indo é a esquerda, tem uma estrada que tem uma ponte lá... que vai, que travessa pra ir pro Farol. A casa dele é uma casa antiga, antes da entrada pra ponte, casarão, casarão de fazenda, é a única casa antiga que tem é essa aí a esquerda, vocês indo pra Barra do Furado. Vocês param lá, conversa qualquer coisa com Antônio Francisco, eu não sei se a mãe de Antônio Francisco é viva, era D. Francisca, essa mulher, diz que era aberta. Não sei se é viva, mas Antônio Francisco deve qualquer idéia sobre isso.
A Mana-Chica, né? (Priscila)
A Mana-Chica. Antônio Francisco, é Fazenda Pau Grande, é um casarão à esquerda de quem vai e deve achar ele em casa, ele é aposentado.
Em Correnteza? (Paulo)
Não! É antes de Barra do Furado. (Priscila)
É antes de Barra do Furado, vocês vão passar agora em Correnteza, né?
É. (Priscila)
Aliás, em Correnteza também podem passar então vocês... se é sobre isso vocês acham que não vão encontrar informação nenhuma.
Em Correnteza? (Priscila)
Em Correnteza.
Nem de Jongo? (Priscila)
Nada. Jongo geralmente é uma dança de... uma dança de preto. Eu tenho impressão que Jongo é uma dança, acho africana, é de origem africana. Não sei, nem nunca li não, mas tenho impressão que é. Eu até, Jongo é... Como é que é o negócio, eu acho que Jongo a gente dançava muito na Fazenda do Colégio, quem vai de Goitacazes pra Tócos, tem um casarão antigo ali.
É o Solar do Colégio. (Michelle)
Solar do Colégio. Ali tinha um povo ali, uns escuros, um preto de nome Biru que organizava muito essa festa. Até uma vez eu participei disso lá.
Escravos... (Michelle)
É exatamente. Era gente dessa origem aí, né? Coisa de muito tempo aí, eu tenho impressão isso é coisa de muito tempo que esse Biru, esse velho já morreu, há muito tempo, que uma vez nós dançamos lá a Mana-Chica, lá na coisa. Eu tenho a impressão que é, um negócio meio parecido com a Quadrilha, dava uns ANAVANÇO, sapateava muito, era um negócio mais ou menos assim, mas faz tanto tempo isso que...
Aqui pra cima então a gente não vai encontrar ninguém que saiba dançar Jongo? (Priscila)
Não, eu não, você vai, você pode encontrar é no Solar do Colégio. Ali você vai encontrar. Tinha ali um tal de, sabe como que era o nome do homem, era Zé Maria, não sei se o homem morreu, ele trabalhou muito na serraria de Amaro Fernandes ali em Ponta da Cruz, mas ele é gente do Colégio. Não sei se ele, se ele, é vivo ainda, é gente do Colégio, no Colégio vocês é capaz de encontrar alguma direção sobre isso. Encontrar algum ainda, alguma pessoa antiga, que pode dar alguma informação sobre isso, eu acho que o único lugar mais certo. E aqui, sobre essas coisas é na casa de Antônio Francisco, o João Francisco, irmão de Antônio Francisco também, são irmãos, deve ter, é capaz de ter alguma direção sobre isso. Agora, Alto da Areia, aqui Correnteza, é São Martinho, como é que é? Retiro, aqui o único homem que podia dar direção disso era Aristides, mas Aristides hoje mora em Barra do Furado. Aristides é um homem de quase sessenta anos, quase setenta, setenta e oito por aí assim. Ele guarda muita coisa de baile dessas danças antigas mas é única pessoa, agora por aqui você não vai encontrar que eu conheço todo mundo aqui. Tinha um homem aqui também que podia dá uma direção disso mas também já morreu não tem mais jeito, era Antônio Imbede, era um homem que dançava Lanceiro muito bem. Acho que dessas danças antigas, acho que ele já dançou tudo, mas já morreu, ninguém mais viu.
Então o Sr. pode juntar, aí formando o parzinho aí que nessa semana... (Priscila)
Os par certo é Aristides, Acil de Zé Belo, e Ivo aqui meu vizinho aqui. Esse aí é o negócio, é uma coisa certa é com ele. Com essas quatro pessoas que a gente tiver vivo até lá, tiver com saúde, vai dar pra botar, a coisa funciona.
Não vai demorar, não. (Priscila)
Com certeza
Tá todo mundo aqui, curioso pra ver. (Priscila)
Aí vocês parecem aqui que nós vamos ver, se vocês passarem em Goitacazes até pode informando ali na Linha do Limão, quem é Zé Heitor aqui? Onde mora Zé Heitor? É na Linha do Limão, uma casinha, onde tem um Beco, a casa dele é no final de todas. Na frente mora Amarito, irmão dele que toca violão. E ele é lá no final, faz muito tempo que não vejo ele mas ele deve tá vivo ainda. Deve tá inteiro, deve tá pra tocar, toca muito em Búzio, encosta muito, é um camarada muito animado. Toma um negócio, aí fica esperto, aí toca até de manhã cedo. Bom toda vida.
Então a gente vai armar, sim vamos juntar todo mundo aí e vamos fazer o mais rápido possível. (Priscila)
Isso, isso, isso.
Tá bom? (Priscila)
Vocês aqui comigo, porque é pelo menos lembraram que eu... através do rapaz, que você não sabia que existia eu aqui, através do Orávio, mas eu tô aqui a disposição de vocês para aquilo que vocês precisarem que esteja ao meu alcance, eu tô aqui a qualquer dia, qualquer hora, qualquer momento, a disposição de vocês, porque foi um prazer muito grande e qualquer momento, qualquer um de vocês, porque foi um prazer muito grande e qualquer momento, qualquer um de vocês passar aí, pode chegar aqui, que é uma satisfação, muito grande.
A honra é toda nossa. Tá aqui obtendo tantas informações assim maravilhosas. (Priscila)
Não! A gente tá dizendo mais ou menos aquilo que a gente sabe, que já viu no passado, e que ainda, a idéia não esqueceu, a mente ainda tá boa, graças a Deus, então vai passando aquilo que a gente sabe que sabe que já ouviu falar que já participou, então é uma satisfação muito grande.
E nós vamos aprender a dançar o Lanceiro. (Priscila)
A nova geração. (Marco Antônio)
A nova geração, aí valeu, valeu.

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